Mudanças culturais e econômicas estão fazendo com que cada vez mais profissionais estejam repensando as suas carreiras e considerando em investir seus esforços mais em oportunidades de trabalho do que necessariamente em oportunidades de emprego.
Outros, ainda, estão investindo em ambos, enquanto mantêm seus empregos, buscam por outras formas de trabalho.
Para alguns é por uma necessidade de aumentar a renda, para outros é por uma vontade de explorar novos talentos e testar novas habilidades. Independentemente da motivação, atuar como freelancer é uma excelente forma de se aprimorar profissionalmente, ganhar experiência e fazer mais dinheiro.
O que é trabalhar como freelancer?
Ser freelancer é basicamente trabalhar sem vínculos fixos e permanentes com o comprador do serviço oferecido; o vínculo existe para um trabalho específico que foi acordado previamente entre os envolvidos, que juntos decidiram sobre custos, valores, tempo de execução, produto final.
Uma vez entregue o trabalho finalizado, não existe nenhuma obrigação entre o freelancer e o cliente comprador de trabalharem em conjunto novamente.
E mesmo durante a execução do trabalho contratado, não existe a prerrogativa de que o freelancer não possa trabalhar para outras pessoas; a não ser que isso tenha sido negociado de uma forma diferente, a princípio, não existe um contrato de exclusividade entre ambos.
O foco do trabalho, neste esquema de atividade, é entregar um serviço ou produto pronto e não, necessariamente, estar presente fisicamente em algum determinado lugar por um tempo delimitado, como em empregos “tradicionais”, em que se troca horas por compensação financeira.
Existem exceções de atividades freelance que também exigem a dedicação de um número predeterminado de horas em um local específico, como por exemplo, um profissional de TI contratado como freelancer para realizar o treinamento de funcionários de um escritório ou um pintor que é contratado para pintar uma casa, mas este artigo se concentra em atividades freelance remotas, trabalhos que podem ser realizados e entregues de forma digital pela internet.
Dois grandes pontos positivos de se considerar uma vida como freelancer online são a baixa barreira de entrada no mercado e os baixos custos de iniciação.
Em um primeiro momento, não são necessários grandes investimentos em ferramentas sofisticadas, formação superior, cursos de especialização, ou ficar na dependência de ser contratado formalmente por alguma empresa para começar a trabalhar, pode-se começar oferecendo o melhor que se pode com aquilo que se tem disponível no momento.
Tudo de que se precisa é um computador, uma conexão de internet estável e um lugar confortável para se trabalhar; o que pode significar coisas diferentes para cada profissional, enquanto alguns conseguem tranquilamente trabalhar como freelancer em casa, outros precisam estar em lugares mais neutros para conseguir render.
Seja como for, a questão é que sendo um profissional independente se tem o controle de escolher qual o melhor lugar para se trabalhar e qual o momento mais produtivo do dia para fazê-lo.
Além disso, pode-se decidir para quem se deseja trabalhar, já que não existe nenhuma obrigação de se aceitar trabalho de ninguém.
Toda essa liberdade e flexibilidade são as conjunturas mais atraentes neste estilo de carreira, mas antes de ficar completamente seduzido por ideias de total autonomia no trabalho, é importante considerar todos os aspectos que envolvem escolher trabalhar como freelancer.
Vantagens e desvantagens de se trabalhar como freelancer
Cada um dos aspectos que envolve a atividade de freelancer traz consigo uma vantagem e uma desvantagem, cabe a cada profissional avaliar o que lhe é mais importante.
Flexibilidade versus Instabilidade
Ao mesmo tempo em que uma das maiores vantagens de se tornar um freelancer é a flexibilidade de poder trabalhar pra quem, onde e quando se deseja, escolhendo trabalhar para qualquer cliente, da beira de praia, no horário mais conveniente, sendo de madrugada ou no domingo, horários tradicionalmente de descanso, é preciso considerar que esta flexibilidade vem acompanhada de instabilidade.
A carga de trabalho e, consequentemente, a renda de um freelancer são instáveis e inconsistentes; ao contrário do que acontece com um trabalho tradicional, não existe um pagamento regular, exato e fixo todos os meses.
Nem todo mundo consegue lidar com este tipo de instabilidade.
Chefe versus Cliente
Quando se trabalha para si, a figura do chefe desaparece; não é mais necessário se preocupar em ser gerenciado em tudo que se faz, trabalhar com pessoas com as quais não se gosta, executar atividades com as quais não se identifica, aceitar políticas e seguir orientações com as quais não se concorda, em contrapartida, passa a existir a figura do cliente, que na grande maioria das vezes não aparecerá sozinho, por si só, entregando trabalho a ser feito como o chefe fazia.
O cliente precisa ser encontrado, conquistado e, idealmente, fidelizado para gerar um fluxo de trabalho consistente e duradouro; isso requer desenvoltura, iniciativa e um senso de responsabilidade muito forte por parte do freelancer.
Trabalhar onde e quando quiser versus Equilibrar trabalho e vida pessoal
Pelo fato de não se estar mais preso a um local fixo de trabalho, com um horário de expediente pré-estabelecido, ao atuar como trabalhador independente, pode-se trabalhar de qualquer lugar, quando se desejar, mesmo durante uma viagem de férias ao exterior.
E por incrível que pareça, essa liberdade pode causar sérios problemas caso o profissional tenha dificuldades de estabelecer limites claros entre a sua vida de trabalho e sua vida pessoal.
Alguns freelancers acabam trabalhando demais, se sobrecarregando de compromissos, colocando suas atividades pessoais em segundo plano, levando a problemas com relacionamentos afetivos e, muitas vezes, problemas de saúde.
Manter todo lucro versus Não ter benefícios
Poder manter todo o lucro pelo trabalho executado é, com certeza, uma grande vantagem. Como freelancer, o profissional decide o valor das suas habilidades e fica com toda a renda proveniente de seus esforços, independentemente do tamanho do projeto executado ou do cliente atendido. Sabendo precificar sabiamente o seu trabalho, questão abordada mais amplamente mais adiante no artigo, o profissional autônomo não deve ficar com a sensação comum entre trabalhadores tradicionais de que ganhou pouco por aquilo que trabalhou.
Em compensação, sem o emprego fixo, o profissional não tem alguns dos tradicionais benefícios sociais, como férias remuneradas, 13º salário, seguro desemprego e plano de saúde empresarial. Tudo isso deve ser avaliado e ponderado antes de se decidir por realizar uma total troca de carreira. Vale ressaltar que outros benefícios sociais são possíveis de serem alcançados, formalizando a atividade de freelancer, e esta questão é abordada em maior profundidade a seguir.
Como trabalhar como freelancer?
Caso o profissional queira trabalhar informalmente como freelancer online, existem muitas opções e ninguém vai exigir nenhum tipo de formalização para contratá-lo.
Ao final do artigo, existe uma lista de plataformas e sites para encontrar trabalhos freelancer pela internet cujos cadastros não pedem dados formais de habilitação profissional, nem nada do gênero.
Entretanto, cabe apontar as vantagens de se tornar um freelancer formalizado.
Com um registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), é possível:
- emitir notas fiscais, facilitando a possibilidade de prestar serviços para empresas maiores e sérias, que normalmente as exigem;
- abrir uma conta bancária jurídica, separando assim as finanças pessoais das finanças da atividade profissional, evitando gastar mais do que se pode em qualquer uma das frontes;
- pedir empréstimos em bancos com maior facilidade, podendo investir no aprimoramento dos serviços oferecidos;
- comprar produtos e contratar serviços com condições especiais de pagamento, como a contratação de um plano de saúde por valores mais baixos do que para uma pessoa física;
- ter acesso a benefícios do INSS, como auxílio doença, maternidade, aposentadoria, entre outros;
- regularizar uma escolha de trabalho válida, permitindo ao profissional ser percebido e tratado com maior seriedade pelo mercado de trabalho.
Para se tornar uma pessoa jurídica, o freelancer pode optar por ser um Microempreendedor Individual (MEI), caso fature até R$81 mil por ano e atenda outras características que podem ser visualizadas neste link: portaldoempreendedor.gov.br, ou pode escolher ser um empreendedor pelo Simples Nacional, que engloba um regime tributário diferenciado, simplificado e mais favorável ao pequeno empreendedor, para maiores informações, deve-se acessar: receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional.
Caso o profissional deseje permanecer como pessoa física, também é possível se formalizar, bastando se inscrever na prefeitura, neste caso, ele será caracterizado como autônomo, entretanto esta é a forma de trabalho formalizada mais cara para quem é freelancer, pois além de pagar INSS, imposto de renda pela tabela progressiva, o profissional também deve pagar ISS e as taxas são bem mais altas do que as das outras opções abordadas aqui.
Características que uma pessoa deve ter para ser bem-sucedida como freelancer
Não importa a área em que o profissional freelancer decidir atuar, nutrir estas 8 características é fundamental para ter uma carreira de sucesso:
1. Autodisciplina
não conseguir quebrar as barreiras da procrastinação e trabalhar em vez de fazer tantas outras coisas mais atraentes no momento presente, como ceder às tentações da Netflix, do sofá, da soneca, das redes sociais é o grande segredo para o fracasso nessa profissão.
Não seria exagero dizer que autodisciplina é a característica mais importante para quem quer ter sucesso como freelancer; é isso que fará o profissional cumprir prazos de entrega de trabalho, dar retorno aos seus clientes em tempo hábil, trabalhar mesmo quando não estiver se sentindo muito bem, até mesmo, ter uma vida pessoal mais satisfatória.
2. Organização
Antes de determinar uma lista de afazeres, é importante saber exatamente quanto tempo cada afazer exige para ser completado, isto faz parte de ser organizado.
De nada adianta encher uma agenda de tarefas e projetos a serem finalizados, se não se sabe a demanda de tempo e de esforço para completar cada um deles; fazendo isso, a chance de frustração é grande, pois pode-se chegar ao final do dia sem ter completado metade da lista, se culpando por uma suposta performance ruim, quando na verdade é uma falha na organização do tempo.
Conhecer bem os processos de cada serviço oferecido e da rotina que é necessária para que o trabalho seja feito com qualidade é fundamental para se organizar.
3. Autoconfiança
Não basta ser bom no que se faz, é preciso inspirar confiança ao promover habilidades e oferecer soluções a clientes em potencial.
Clientes são atraídos por autoconfiança, pois assertividade implica sucesso.
Alguns profissionais alimentam uma crença limitadora de que não sabem vender, mas, na verdade, deveriam estar trabalhando em suas capacidades de autoconfiança.
Se o serviço oferecido é executado com profissionalismo, o resultado final é de qualidade e atende às exigências do mercado, não há motivos para não vendê-lo com confiança em si mesmo.
Utilizar materiais promocionais bem elaborados esteticamente, como postagens de fotos e vídeos de trabalhos realizados, bem como compartilhar reviews positivos de clientes, que reconhecem o valor dos serviços disponibilizados é uma excelente forma de elevar a autoconfiança.
4. Comunicação
saber se comunicar é crucial para construir uma cartela de clientes de sucesso, tanto na hora de conquistá-los, quanto no momento de fidelizá-los.
Grande parte da comunicação bem-sucedida está em se esforçar para entender o outro, fazer o possível para compreender as necessidades do cliente e do seu projeto, e, caso ocorram dúvidas, é importante esclarecê-las de forma cordial e objetiva, sempre o deixando confortável.
Saber se expressar é o outro lado da moeda, manter a comunicação simples, clara e respeitosa é sempre uma boa maneira de ser lembrado como uma pessoa prazeirosa com quem se trabalhar.
5. Persistência
Rejeição é uma grande parte da vida profissional de um freelancer, principalmente, no começo.
Aprender a não se deixar afetar além do necessário, filtrar o lado positivo de retornos negativos e superar eventuais indelicadezas é uma questão de sobrevivência.
A persistência é peça indispensável em carreiras de sucesso, necessária para cativar clientes, vender ideias, superar dificuldades, aprimorar portfólios, negociar contratos, recomeçar quando se erra.
É importante manter em mente que existe mercado para praticamente todos os estilos e tipos de serviço oferecidos, mas só encontra o seu espaço no mercado, quem tem persistência de criar o seu espaço.
6. Delegar
reconhecer quando não se consegue dar conta sozinho de tudo é um grande mérito; saber delegar é um grande ingrediente de sucesso, além de ser um grande traço de inteligência.
Por que alguém estaria depositando tempo e energia, tentando lidar com um assunto que não domina, tentando executar uma tarefa sobre a qual não tem conhecimento, se poderia estar focando seus esforços em setores nos quais pode de fato fazer a diferença?
Recomenda-se criar uma lista de atividades com as quais se precisa de ajuda, como contabilidade, por exemplo, e buscar outros profissionais que sejam qualificados para resolvê-las.
7. Pesquisar
Independentemente do setor em qual o freelancer opera, a fim de ser bem-sucedido, ele deve saber pesquisar.
A pesquisa deve começar antes mesmo de se posicionar no mercado, verificando a concorrência e o que já está sendo oferecido, buscando oportunidades mal aproveitadas ou inexploradas.
Antes de entrar em contato com qualquer cliente, deve-se pesquisar sobre ele e seu ramo de atuação, aumentando, assim, consideravelmente, uma chance de contratação.
E, finalmente, pesquisar constantemente sobre novas tendências ou tecnologias na área em que se trabalha, mantendo-se atualizado e preparado para se reciclar profissionalmente, o que nos leva à próxima característica.
8. Aprimoramento
Um freelancer de sucesso nunca para de aprender, de se especializar, de se aperfeiçoar como profissional e de ampliar sua rede de contatos.
Participar de eventos, conferências e eventos de networking é uma boa maneira de se manter atualizado de novas exigências do mercado, assim como realizar cursos, tanto presenciais, quanto digitais, possibilita o aprendizado de novas habilidades e competências.
O LinkedIn é uma excelente ferramenta para aumentar redes de contatos e ampliar as possibilidades de conhecer novos clientes, novos parceiros e novas oportunidades de trabalho.
Manter para si a importância de uma mentalidade voltada para a inovação e para o aperfeiçoamento constantes é primordial para uma carreira próspera.
Como definir como cobrar pelo trabalho de freelancer
Considerando a natureza do trabalho freelancer, é seguro dizer que para o cliente contratante, o que importa é a qualidade do resultado final do trabalho que foi contratado e não o tempo que foi empregado pelo profissional para que ele fosse completado, sendo assim, cobrar se baseando no tipo de projeto e não por hora trabalhada, parece ser a opção mais acertada.
Pode-se até dizer que, cobrando desta forma, fica mais justo para ambas as partes: no início de suas carreiras, freelancers tendem a demorar mais para executar suas atividades, a medida que vão ganhando experiência, começam a trabalhar mais rapidamente, mantendo a mesma qualidade de trabalho, quando não a aprimoram.
Seria justo para um contratante pagar a mais pela inexperiência e falta de agilidade de um profissional iniciante? Não.
Assim como não seria justo um freelancer experiente passar a ganhar menos por um determinado trabalho porque passou a executá-lo com mais rapidez.
Quando for analisar o trabalho em questão a ser precificado, o freelancer deve, sim, considerar o tempo dedicado a ele, principalmente se for uma atividade que a velocidade de execução não pode ser aprimorada, como no caso de aulas de idiomas online, que normalmente são cobradas por hora, somente se aconselha que o tempo não seja o elemento determinante na precificação.
Além do tempo e da complexidade do trabalho, devem ser levados em consideração custos estruturais, como internet, aluguel, material de trabalho, impostos e taxas.
Ao mesmo tempo que o profissional deve saber valorizar a si e ao seu trabalho, de nada adianta querer cobrar um valor que o mercado não está disposto a pagar, por isso, o primeiro passo é pesquisar as opções que estão disponíveis no mercado, suas especificações e os seus preços.
A partir daí, pode-se começar a ter uma ideia de valores mínimos e valores máximos possíveis de serem cobrados.
É fundamental fazer uma relação clara entre o preço que está sendo cobrado e o resultado que está sendo oferecido, por exemplo, R$50,00 por um logotipo é muito vago; agora, R$50,00 por um logotipo vetorizado de até 3 cores deixa o valor daquilo que está sendo ofertado, muito mais claro.
Elaborar formatos de preços que podem se adaptar a clientes e necessidades diferentes é essencial para aumentar as chances de uma contratação.
Nem todo o cliente quer, precisa ou pode pagar por um trabalho da mais alta qualidade e complexidade possíveis, portanto, uma forma de alcançar um número maior de clientes é oferecer versões diferenciadas de um mesmo serviço e estipular preços diferentes para cada uma delas.
É importante não oferecer opções demasiadas, pois uma mente confusa sempre diz não, mas oferecer três opções diferentes de níveis de complexidade, simples, regular e superior, por exemplo, para um mesmo trabalho é o ideal; desta forma, o cliente fica à vontade para escolher aquilo que melhor lhe convém.
Como conseguir trabalho como freelancer
Seguem algumas sugestões de como se pode encontrar clientes em potencial:
Boca a boca
Uma recomendação de uma pessoa conhecida ainda fecha mais negócios do que qualquer portfólio, as pessoas tendem a confiar mais em indicações de amigos e colegas de trabalho do que em currículos.
Portanto, quando se trata de conseguir clientes, é importante acionar a rede de contatos e deixar claro que se está buscando novos clientes. Nunca se sabe de onde uma oportunidade pode surgir.
Portfólio
Antes de se iniciar toda uma discussão de como não se pode criar um portfólio sem clientes e como não se pode conseguir clientes sem um portfólio, vamos encerrar o assunto dizendo que sim, pode-se criar um portfólio sem clientes.
Basta pensar no portfólio como um “cardápio”, uma exposição de todo o trabalho que se tem o potencial de oferecer.
Clientes precisam visualizar o que estão prestes a comprar. Eventualmente, a medida que uma cartela de clientes for sendo formada e mais trabalhos forem sendo entregues, é interessante renovar o portfólio.
Marketplaces para freelancers
Existe uma infinidade de plataformas e sites dedicados exclusivamente à oferta e à contratação de trabalhos freelance, desde sites mais genéricos, como os que estão incluídos na lista presente mais adiante neste artigo, até sites mais específicos, dedicados exclusivamente a escritores ou professores de idiomas, por exemplo.
Criar perfis atraentes, que incluam exemplos de trabalhos, mesmo que sejam hipotéticos, enviar propostas interessantes e se mostrar ativo e prestativo nas plataformas é o caminho para conquistar clientes nestes marketplaces.
Comunidades digitais e redes sociais
Participar de comunidades no LinkedIn, por exemplo, que estejam relacionadas a mesma linha de trabalho que se quer oferecer ou ao mesmo ramo de atuação dos clientes que se deseja alcançar é uma excelente forma de encontrar oportunidades.
Mostrar-se engajado e participativo nos projetos de outros membros de comunidades online, assim como nas postagens em redes sociais de clientes que se deseja conquistar pode levar a convites de trabalho.
Parcerias com outros freelancers
Formar parcerias com outros profissionais que complementem o trabalho oferecido é uma ótima maneira de ampliar possibilidades de trabalho para todos os envolvidos.
Clientes muitas vezes precisam da execução de projetos que exigem o envolvimento de mais de um especialista, poder oferecer a solução completa para as necessidades deles é uma forma quase que garantida de conquistá-los.
Nutrir relacionamentos de colaboração entre outros freelancers mostra iniciativa, proatividade e maturidade profissional, qualidades com grande potencial de cativar novos clientes.
Como manter os clientes que já se tem
Quem trabalha como freelancer sabe, é muito mais fácil vender novamente para um cliente que já se vendeu uma vez, do que vender pela primeira vez para um cliente novo. Portanto é importante prestar atenção nessas recomendações de como manter clientes:
Entregar trabalho de qualidade: nenhuma estratégia do mundo vai fazer com que um cliente que não recebeu um trabalho de qualidade numa primeira contratação, faça um novo pedido de trabalho. Não só a primeira impressão tem importância, como todos os trabalhos realizados devem refletir o desejo de continuar fazendo negócio com aquele cliente.
Pedir feedback: depois de entregar o trabalho, perguntar para o cliente se aquilo que foi entregue alcançou as suas expectativas é sempre uma atitude que demonstra que se é um profissional que se preocupa, assim como perguntar se existe alguma forma de aperfeiçoar aquilo que foi entregue. Profissionais que se preocupam em requisitar a opinião de seus clientes para aprimorar os serviços ofertados são quase sempre lembrados para uma nova contratação.
Envolver-se com os objetivos dos clientes: quando um cliente contrata um trabalho, existe um objetivo, um propósito maior por trás daquele pedido, que faz parte de um espectro mais amplo. Conseguir visualizar e se envolver com os objetivos de seus clientes é fundamental para construir relacionamentos a longo prazo, pois é uma forma fácil de o freelancer antecipar as necessidades de seus clientes e oferecê-las a eles, antes mesmo de eles as requisitarem.
Oferecer soluções: caso surjam problemas ao longo do trabalho, preparar a mente para apresentá-los juntamente com possíveissoluções é uma maneira quase certa de fidelizar clientes, pois mostra que o profissional se importa com o resultado do trabalho e com a felicidade do cliente e não somente em receber um pagamento.
É possível ser freelancer, enquanto se viaja por aí?
Sim, é possível; principalmente, quando se tem todas as qualidades necessárias para ser um freelancer de sucesso já abordadas neste artigo.
É preciso ter em mente que a escolha dos lugares a serem visitados deve priorizar locais que oferecem uma boa conexão de internet e locais seguros para se viajar com equipamentos eletrônicos; afinal, sem um computador e sem internet, não é possível trabalhar.
Além disso, pode-se priorizar destinos que possibilitem fazer uma bela economia, escolhendo viajar para países onde o custo de vida seja mais baixo que no país de origem e onde o câmbio seja mais desvalorizado em relação à moeda em que se recebe pagamentos.
Por exemplo, viajar pela América Central, enquanto se ganha em dólar americano é muito mais tranquilo economicamente do que viajar pela Europa, ganhando em reais.
Viajar trabalhando, ou trabalhar enquanto se viaja, não é a mesma coisa que ser totalmente turista, é preciso reservar um tempo do dia para se dedicar ao trabalho, por isso vale a dica de ficar mais dias nos mesmos lugares do que se ficaria normalmente, caso se estivesse somente “turistando”, para não correr o risco de passar o tempo todo trabalhando numa cidade que se queria conhecer mais a fundo.
Outra vantagem de ser semi-turista quando se viaja é ter a oportunidade de perceber os destinos de viagem de uma forma diferente, talvez não ao ponto de se sentir como um local, mas como um visitante que tem mais necessidades como as de um local, como, por exemplo, buscar por formas de hospedagem que proporcionem mais privacidade e economia, pensar de que forma vai se lavar roupa, pesquisar quais são os mercadinhos mais em conta para fazer compras, e entre uma necessidade e outra, vai-se conhecendo novos pontos da cidade, novas pessoas, tudo com muito mais calma do que se estivesse ali por apenas alguns dias.
Últimas considerações
A melhor forma de descobrir se a carreira de freelancer vale a pena, tanto da perspectiva financeira quanto do ponto de vista de realização profissional, é experimentando; ninguém precisa fazer uma mudança brusca, imediata e definitiva.
Essa é a maravilha de ir aprendendo como ser freelancer, pode-se começar com pequenos projetos que podem ser realizados em poucas horas ou ao longo de um final de semana e ir sentindo se o retorno monetário compensa a dedicação de tempoe de energia exigidos.
Existem muitas oportunidades online para testar diversas habilidades de forma freelance, sem nenhum compromisso de dar seguimentoa elas, caso decida-se por não continuar. O importante é que seja uma escolha consciente e responsável, abraçando todos os aspectos deste estilo de vida.